29 de maio de 2012

Para Valdir

É quando eu deito a cabeça em seu peito e sinto o cheiro do seu perfume, ou, ainda melhor, de sua pele, que entendo a simplicidade do que é satisfação. E eu não desejo nada que não tenha isso nos meus dias, como o melhor lugar de me recostar. Gosto de saber que este colo é meu e que ele está ali para me receber de todo jeito, como quer que estejamos. Gosto que seja o meu descanso e o meu vigor. Que a gente se cuide e se estremeça.

Fico me deliciando com a expectativa de que faça a barba, para sentir a fragrância do pós-barba que me traz à mente tantos momentos e que me faz, mais uma vez, reconhecer a minha paixão. Porque também me lembro que quando você chega eu me avanço com o nariz, e que, quando tudo ainda era início, eu ficava feliz de você já acertar o que me faz bem. Você acertou. Eu acertei.

Quero poder te arrancar sorrisos e gargalhar contigo em nosso mundo que a gente tem aqui guardado, que a gente faz existir independentemente de tudo. Como é bonito que a gente multiplique amor com quem nos ama, mas mais bonito ainda é que nosso ninho seja impenetrável (e que não exista nada mais valioso que a nossa intimidade). Como é gostoso quando a gente decide que tudo que a gente quer é esquecer que existem coisas senão nós dois, e passam horas, dias, sem que precisemos lembrar que há. E o bom de sair é voltar.

Aí de novo eu vejo as pontinhas dos seus lábios, a dupla de sinaizinhos em cima da sua boca, os olhos bons, as pernocas em que me agarro, os desenhos de você, e acho tudo toda vez mais lindo, e beijo, beijo, beijo, beijo. Sinto tanta vontade de te fazer carinho!

Agradeço a mim por, há um ano, ter decidido que te queria. Por ter ido te falar. Agradeço a você por, há um ano, me dizer sim, repetidamente, diariamente. Agradeço pelo seu ímpeto, firmeza, delicadeza. Por a gente aprender junto. Por dançar My Valentine comigo. Pela infinidade de coisas que compartilhamos. Você consegue contabilizar? Eu consigo. Eu tô vendo na minha frente e sorrindo de novo.

Obrigada pelo equilíbrio, pela verdade, pela sorte de um amor tranquilo, com sabor de melão no café da manhã e de felicidade escolhida.

Eu te amo.