30 de abril de 2007

Lou com Danny Nascimento nos vocais




Após quatro meses de recesso dos palcos e de muitos ensaios, a Lou está pronta para apresentar a sua nova vocalista: a cantora e compositora Danny Nascimento. O show de estréia da nova formação será neste domingo, dia 06 de maio, às 17 horas, no Café Teatro Sitorne – local ideal para destacar a musicalidade de quem se apresenta. A banda Mirabolix, revelação no prêmio Rock Independente Bahia 2005, é a convidada para abrir a festa.

Danny Nascimento ficou famosa ao participar do programa Fama, da Rede Globo, em 2002, tendo a sua competência confirmada por todo o país. Ao longo dos nove anos de carreira, ela já gravou três discos independentes. A entrada na Lou surgiu quando, após a despedida da ex-vocalista Dea Gabi em novembro passado, a banda iniciou a procura por alguém que fosse capaz de fazer a substituição com talento e atitude. A indicação foi feita pelo músico Jorge Solovera, que está fazendo a direção musical do primeiro CD do grupo, a ser lançado no segundo semestre. A identificação entre Danny e os integrantes da Lou foi imediata e promete surpreender aqueles que não conhecem o lado rock – tão presente em sua história, mas ainda pouco mostrado publicamente – da cantora.

A Lou surgiu em 2003 e já tem nome consagrado na cena local. A personalidade musical, que oscila entre peso e melancolia, se destaca por uma potente presença feminina, desconstruindo qualquer possível idéia de que bandas com mulheres não prezam por qualidade de som. Danny Nascimento se junta a Carol Ribeiro (guitarra), Mel Lopo (guitarra), Tati Trad (baixo) e Jera Cravo (bateria) para consolidar esta trajetória.

O show de domingo está sendo cuidadosamente preparado para que fique marcado com sucesso este importante momento de transição. No repertório, músicas já conhecidas pelo público e algumas inéditas, como Não Ser, assinada pela própria Danny Nascimento.

O quê: Show da Lou – estréia da vocalista Danny Nascimento
Quem: Lou e Mirabolix
Quando: 06/05/2007 (domingo), a partir das 17 horas
Onde: Café Teatro Sitorne (Rua Deputado Cunha Bueno, 23 – Rio Vermelho)
Quanto: R$ 5
Vendas antecipadas:
- Maniac Records (Av. Manoel Dias da Silva, 1759, ed. Vivi Center, sala 302, Pituba)
- Girrrl Tattoo (Shopping Ponto 5 – Al. Pádua, 59, loja 11 – Parque Julio Cesar, Pituba)

Mais informações: www.lou.com.br / www.fotolog.com/louband
Ou fale comigo, baby.

She would like to be leaving home

Wednesday morning at five o'clock as the day begins
Silently closing her bedroom door
Leaving the note that she hoped would say more
She goes downstairs to the kitchen clutching her handkerchief
Quietly turning the backdoor key
Stepping outside she is free
She (We gave her most of our lives)
Is leaving (Sacrificed most of our lives)
Home (We gave her everything money could buy)
She's leaving home after living alone
For so many years
Bye bye

Father snores as his wife gets into her dressing gown
Picks up the letter that's lying there
Standing alone at the top of the stairs
She breaks down and cries to her husband
Daddy our baby's gone
Why would she treat us so thoughtlessly?
How could she do this to me?
She (We never thought of ourselves)
Is leaving (Never a thought for ourselves)
Home (We struggled hard all our lives to get by)
She's leaving home after living alone
For so many years
Bye bye

Friday morning at nine o'clock she is far away
Waiting to keep the appointment she made
Meeting a man from the motor trade
She (What did we do that was wrong)
Is having (We didn't know it was wrong)
Fun (Fun is the one thing that money can't buy)
Something inside that was always denied
For so many years
Bye bye

She's leaving home
Bye bye



Tantas vezes já ouvi She's Leaving Home. Mas hoje, sabe-se lá porque, resolvi ouvi-la e cantá-la enquanto a lia - e acho que poucas vezes na vida fui tão profundamente tocada por uma música assim. Eu só posso chamar isto de sacanagem com minha cara, oras. Fico aqui incentivando minha deprê, mas não consigo tirar do repeat.
I would like to be leaving home.
Leaving Earth.


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Peraí, peraí: Juliana também está brincando comigo, não é, menina? Pára com isso! Que coisa! Encontrar este texto logo agora, minha filha, que malvada você.

24 de abril de 2007

João e a Bic

Me esbarrei com este texto arrumando meus arquivos. O fiz ano passado, para meu querido amigo-artista-personal-tatuator-tabajara João Paulo. JP, para os íntimos. Ele iria apresentar em algum troço lá, preciava de uma descrição apaixonada.
Aproveito para fazer propaganda.


Enquanto os números se apresentavam no quadro-negro e as explicações matemáticas eram articuladas, o garoto abria seu caderno e rabiscava os traços do seu talento. Desenhava com o que tinha inevitavelmente em mãos: uma caneta Bic, a esferográfica simples do uso cotidiano de todos os colegas. Aborrecia-se com a rotina das aulas e desligava-se de tudo ao escolher uma página e destampar a caneta. Começava, então, sua sessão de dedicação ao prazer de ser artista, riscando belezas, descobrindo formas: cinqüenta minutos em sala, cinqüenta minutos ininterruptos criando. Fatalmente, o sufoco para conquistar aprovação nas disciplinas aumentava, mas suas folhas de papel enchiam-se aos poucos de cores progressivamente mais perfeitas.

Um dia, o garoto olhou seu caderno com atenção e se deu conta de que carregava uma galeria. Ele havia, sozinho – sem ensino, sem ajuda –, desenvolvido uma técnica própria, única. Seus desenhos adquiriram uma qualidade extrema, com efeitos e luzes que saltavam aos olhos. Quem diria, quem mesmo diria, que tudo aquilo tinha vindo da ponta redonda de uma singela caneta Bic. Os detalhes e a vida de suas invenções impressionavam os que tinham o prazer de conhecê-las; a perfeição das formas havia sido conquistada às custas de muitas horas de treino. Dali, não havia mais limites para os feitos artísticos de João com uma caneta Bic em punho.

Ficou decidido: era isto o que ele queria na vida. Dedicou-se ainda mais, leu muito, treinou tanto quanto podia. Não é fácil investir no aprimoramento de algo do qual não se há referência, mas isto foi ainda um desafio instigante: era tudo seu. Era sua grande paixão tomando as formas de suas vontades incrivelmente habilidosas. Lapidou-se. Custou-lhe tempo, muito tempo, mas lhe rendeu uma felicidade e uma satisfação maiores do que absolutamente tudo. O amor que João tem pelo que faz às vezes até o assusta.

[Caneta esferográfica sobre papel. Tamanho A4. JP, 2000.]

Clica aí para ver maior. E olha a porra da sombra. Tudo Bic, apenas Bic.

17 de abril de 2007

Quem são vocês?

Considerando que este é um blog abandonado, pouco atualizado e nada divulgado, até que a média de visitação é boa - sete olhadinhas por dia? Hum... E t-o-d-o m-u-n-d-o que aparece aqui veio através do link no meu perfil do Orkut, como mostra aí o Sitemeter. Parece um bom meio de difundir meus bagulhos, então. Mas fiquei curiosa: quem são vocês? Conhecidos? Desconhecidos? Curiosos? Dêem um alô, eu não mordo.