10 de março de 2008

I just don't know what to do with myself

Aí eu questiono o tamanho da minha frieza, dos meus cálculos. Do meu modo contraditório – e tonto, que me deixa com aquele ardido esquisito na cabeça que só muitas voltas em torno de si mesmo, ou muitas dúvidas, causam – de saborear sabores, cheirar cheiros, tocar toques. Porque sou inconseqüentemente intensa na mesma medida em que sou terrivelmente controlada (e me entrego tanto quanto teorizo, e sou fútil tanto quanto sou densa). Eu nunca me entendo, mesmo sabendo com autoridade as coisas de mim. Eu não entendo como posso não levar as coisas a sério, já que sou assim engajada com tudo. Enquanto analiso a lógica de cada movimento, e compreendo a razão de ser do que é, eu vejo bem claramente que nada tem sentido, mesmo que tenha. Eu digo sim e não para todas as perguntas o tempo todo.

6 comentários:

  1. mas é linda, e isso tudo que faz ser tão legal, tão interessante, se não era mais uma, comum como tantos outras. e tá longe de ser igual!
    isso que é o x da questão.
    adorei te conhecer!

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  2. Você fala inhá tb...

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  3. Isso aqui tá com um tom Álvaro de Campos.

    "Falhei em tudo.
    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
    A aprendizagem que me deram,
    Desci dela pela janela das traseiras da casa.
    Fui até ao campo com grandes propósitos.
    Mas lá encontrei só ervas e árvores,
    E quando havia gente era igual à outra.
    Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?"

    Abraço, linda.

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  4. é a primeira vez que comento, mas saiba que de vez em qdo dou uma visitada, viu? meu deus, é impressionante como vc escreve bem mulher! e ainda topei com uma citação ao dois em um, que massa! :))) beijos grande

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  5. ei, pra algumas perguntas responda TALVEZ.

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