24 de junho de 2008

Half a Person

Ou Back To The Old House
Ou Girl Afraid
Ou Heaven Knows I'm Miserable Now
Ou I Keep Mine Hidden
Ou These Things Take Time
Ou I Know It's Over
Ou Is It Really So Strange
Ou I Started Something I Couldn't Finish
Ou I Want The One I Can't Have
Ou Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me
Ou What Difference Does It Make?
Ou Please, Please, Please, Let Me Get What I Want
Ou You Just Haven't Earned It Yet, Baby

(Qualquer título deles parece caber agora.)

Os Smiths, a voz de Morrissey e a batidinha rítmica típica das músicas deles me lembram um tempo bom. Um tempo em que eu sorria sem tentar traduzir o que sentia. Eu simplesmente vivia e era feliz. Era livre, desprendida e leve. Tinha o mundo inteiro para experimentar, acreditava que as coisas existiam todas para mim, à minha disposição. Eu me jogava, mergulhava e tudo parecia dar certo. Eu tinha um prazer enorme em passar por cada segundo, em descobrir, em investir. Eu me lembro de muitos sorrisos, de uma satisfação íntima infantil. Eu gostava até de sofrer, porque me sentia mais forte quando passava. Eu era assim cheia de esperanças, não me escondia atrás de convicções e consciências castradoras. Meus medos eram mais motivadores do que concretos e alertas. Eu encarava as coisas com a firmeza de quem ama mais do que pensa. Eu amava mais e pensava menos.

Os Smiths ontem me esfregaram na cara as minhas incompetências. E doeu ouvir a trilha sonora do passado ser tocada numa situação tão drasticamente oposta às minhas memórias.



Tudo isto me lembrou este texto de Alex: Fantasmas de Felicidades Passadas. Recomendo!

4 comentários:

  1. ainda bem que já descobrimos a diferença entre sentir falta e saudade. e, ainda assim, ambos dóem de forma parecida.

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  2. Quem é você com quem descobri algo tão importante???

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  3. oxe...eu sou eu...só que logado com outro nome.

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  4. Tudo de muito bom gosto por aqui.

    Um abraço.

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