28 de fevereiro de 2007

Ah, o verão

Nunca passei longos períodos em outra cidade durante um verão, nem conheço o suficiente as outras cidades por que passei para fazer qualquer análise, mas se existe uma verdade inquestionável é a revolução que acontece em Salvador durante esta estação. Não sei se é coisa nossa, se é coisa de brasileiro, se é coisa de lugar de praia, só sei que aqui tudo se transforma.

Trabalho na TV Educativa da Bahia, especificamente no programa Soterópolis, que, vou explicar a todo mundo (até para quem mora aqui, porque ninguém assiste mesmo à TV Educativa), é uma revista eletrônica de cultura, nos moldes do programa Metrópolis (este mais gente conhece, né?), que fala especificamente da cena baiana. Sim, sou suspeita, mas o programa é massa. Não é nenhuma superprodução, como inevitavelmente – e infelizmente – acontece nas TVs públicas, mas o conteúdo vale a pena, dá para saber de um monte de coisas que se escondem pela cidade, o que tem de bom, o que está em exposição, o que vai estar pelos palcos, o que não aparece em outras mídias... Enfim, aquela coisa. Passa toda quarta à noite, às 21 horas. Vê se amanhã (hoje mais tarde, aliás), você existe. Sua peste.

Retomando, me perdi, falei do Soterópolis porque, no programa da semana passada, teve uma matéria especial sobre o assunto lá de cima: a cara de Salvador muda durante o verão? Um tantão de gente deu sua resposta, artistas de várias áreas, um monte de lindas imagens de cobertura, aquela climão bom que dá para sentir só de olhar... Foi a matéria mais legal do dia, em minha opinião.

Não sou praieira, não gosto de sol, quase não saio de dia, reclamo sempre e loucamente do calor, mas o verão, mesmo assim, também me transforma. É difícil ficar um dia inteiro em casa, é difícil resistir às tentações, às festas que não acabam, ao sangue quente, às latas de cerveja. Fica tudo mais à flor da pele, será? Tem explicação esta coisa? Digo, uma explicação natural, biológica, climática? Tem cabimento aquela história de que as pessoas dos países equatoriais e ensolarados são mais felizes e safadinhas? Já ouvi tanto isso, mas não lembro de ter visto a informação em alguma fonte realmente confiável. Mas, enfim, especulações à parte, visto que não pretendo correr atrás de referências bibliográficas para esta minha inútil reflexão, vamos curtir esta porra que ainda temos três semanas de verão pela frente! Iuhúúú!

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